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Servidora confessa desvio de verba para jogos em Santa Maria Madalena

Uma servidora da Câmara Municipal de Santa Maria Madalena está sendo investigada por suspeita de desviar dinheiro público para uso pessoal. De acordo com apurações da reportagem, estima-se que o valor desviado possa superar meio milhão de reais.

A servidora, concursada e com 22 anos de serviço, teria feito transferências regulares da conta da Câmara Municipal para sua própria conta pessoal. Em apuração, a própria servidora confessou os desvios, alegando que o dinheiro foi utilizado para jogos de azar na internet.

Ao Serra News, o então presidente da Câmara, Galo Brandão, relatou que a servidora o procurou, na presença de duas testemunhas, e revelou estar enfrentando uma situação complicada. “Ela confessou ser viciada em jogos virtuais e, recentemente, vinha desviando recursos da Câmara para apostar, com a intenção de repor os valores”, afirmou.

A confissão causou surpresa, pois a servidora tem mais de 20 anos de carreira, é de uma família respeitada e sempre demonstrou conduta exemplar.

De acordo com apurações, na planilha física, ou seja, no papel, o saldo mensal apresentado pela servidora sempre coincidiu com o valor esperado na conta bancária da Câmara. Isso fez com que os colegas de serviço, incluindo o contador e o controlador interno, acreditassem que tudo estava em ordem, já que a funcionária nunca havia demonstrado qualquer comportamento suspeito.

Como consequência dos desvios, os salários de dezembro dos vereadores e servidores da Câmara Municipal ficaram comprometidos, assim como os pagamentos aos fornecedores. O então presidente da Câmara instaurou uma Comissão de Sindicância, e a servidora foi exonerada.

“Diante dos fatos, registrei uma queixa-crime na 156ª DP, classificando o ocorrido como peculato. Também nomeei uma comissão averiguante e uma comissão de tomadas de contas para apurar o valor exato desviado e suspendi a servidora de suas funções”, disse Galo Brandão à reportagem. Ele ainda afirmou ter tomado todas as medidas cabíveis, mas ressaltou que, no momento, não pode falar em nome da Câmara, pois já não ocupa mais o cargo de presidente.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno para confirmar se a servidora já foi ouvida, quais procedimentos foram adotados até o momento e, caso o desvio seja comprovado, quais crimes poderão ser imputados a ela.

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