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Saúde pública precária em Cordeiro agrava quadro de depressão, diz moradora

A falta de gestão adequada e a burocracia da saúde pública em Cordeiro têm gerado angústia e sofrimento para muitos moradores, principalmente, os mais humildes. Uma moradora do Ferreirinha, Tamires Nunes, compartilhou sua experiência com a saúde municipal, destacando a dificuldade de acesso a exames e o agravamento de problemas de saúde sem a devida atenção das autoridades.

“Estou com meu pedido de exame e o do meu filho desde setembro do ano passado, e até agora não houve nenhuma autorização. Eu, com problemas de saúde, não consigo resolver nada”, relatou, preocupada com a demora no atendimento. A moradora revelou também que sofre de ansiedade, depressão e pressão alta e, atualmente, está lidando com o agravamento de sua condição mental. “Minha saúde está indo de mal a pior, e agora vou ter que pagar pelos exames. Depender do sistema de saúde pública que muitos dizem estar bom é um desafio”, desabafou.

A moradora também criticou a falta de resposta da Secretaria de Saúde local, apontando que suas tentativas de contato via WhatsApp não foram atendidas. “Mando mensagem para a Secretaria de Saúde e não recebo resposta. Estamos à mercê de um sistema falho e, quando expomos a situação, somos ignorados”, disse. Ela destacou que muitas pessoas enfrentam a mesma dificuldade, mas evitam expor a situação por medo de “perseguição”, enquanto o problema permanece sem solução.

A dificuldade de acesso a um atendimento adequado não é um caso isolado, como já destacamos em nosso portal. Sem alternativas, moradores buscam a imprensa confiável como um verdadeiro “grito de socorro” para expor as situações. Ela comparou a realidade de quem depende da saúde pública com quem pode pagar por médicos particulares. “A saúde pública em Cordeiro funciona bem para quem pode pagar, mas para quem depende do SUS, como eu, a situação é outra”, afirmou.

Com a preocupação de sua família com o histórico de diabetes, ela alertou para os riscos que o descaso com a saúde pode trazer. “Eu tenho histórico de diabetes na família e estou caminhando para isso, mas como vou cuidar da minha saúde? Não posso continuar assim”, reflete ela entristecida pelo descaso da saúde cordeirense.

O desabafo é um retrato da realidade vivida por muitos moradores de Cordeiro, que enfrentam um sistema de saúde que parece não dar conta das demandas. A moradora finalizou sua mensagem pedindo ajuda para que a situação da saúde pública na cidade melhore. “Saúde é um direito de todos, mas aqui em Cordeiro, infelizmente, só é possível cuidar da saúde pagando”, concluiu.

A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Cordeiro para obter um posicionamento da Secretaria de Saúde sobre o caso, mas, até o fechamento da matéria, não recebemos resposta.

Outro episódio recente

Na segunda-feira (6/1), a cordeirense Fabiana Gonçalves Gomes relatou uma experiência frustrante no Hospital Antônio Castro enquanto aguardava a internação de seu filho. Ela denunciou a falta de respeito de uma funcionária que, além de enrolar na triagem, debochou dos pacientes, afirmando que ia “tomar um açaí com nutella”. Indignada, afirmou que formalizará uma queixa, destacando a necessidade de atendimento humanizado e respeito em um ambiente de saúde.

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