O dólar iniciou a terça-feira, 17/12, em alta, reagindo à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e ao cenário fiscal nacional. A moeda chegou a avançar mais de 1% nos primeiros minutos de negociação, atingindo R$ 6,16 no pico, mas o BC interveio, ajudando a controlar a pressão. Mesmo assim, a tendência de valorização do dólar permanece.
Na reunião do Copom da semana passada, a taxa básica de juros foi elevada em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. O BC sinalizou novas altas em 2025, o que pode levar a Selic a 14,25%. A alta do dólar nas últimas semanas, combinada com uma percepção negativa do mercado em relação ao pacote fiscal proposto pelo governo Lula, impactou as decisões do BC sobre os juros.
O pacote fiscal, que visa economizar R$ 70 bilhões em dois anos, ainda aguarda votação no Congresso. Às 10h17, o dólar subia 1,19%, cotado a R$ 6,1632, e a máxima do dia chegou a R$ 6,1692. Em comparação, a moeda subiu 0,99% na véspera, atingindo R$ 6,0942, um novo recorde nominal.
O BC também realizou um leilão de venda à vista, disponibilizando US$ 1 milhão no mercado interno para conter o avanço do dólar. A ata do Copom destacou que a valorização da moeda pressiona os preços, principalmente em um cenário de demanda aquecida e expectativas de inflação acima das metas. O BC seguirá monitorando a influência da taxa de câmbio nas condições econômicas.
No mercado de ações, o Ibovespa subia 0,09%, aos 123.673 pontos, enquanto o BC continua atento ao impacto do cenário fiscal e cambial nos ativos financeiros e nas expectativas de inflação.
Alta do dólar e seus impactos
A alta do dólar eleva os preços de produtos importados, como eletrônicos e combustíveis, e pressiona a inflação. Isso faz o custo de vida subir, afetando especialmente as famílias de baixa renda, e pode aumentar o preço de bens e serviços no mercado interno.
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