Comunidade de Itaocara clama por ação urgente contra o Aedes aegypti
Comunidade do Morro do Cruzeiro. Com a chegada do verão, a missão das prefeituras de combater o Aedes aegypti se intensifica, especialmente após um ano de 2024 marcado por falhas no controle do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya em diversas cidades do interior fluminense. Em Itaocara, a situação é particularmente grave no Morro do Cruzeiro, onde moradores relatam abandono e clamam por ajuda urgente.
Tatiana Dorca, moradora da localidade, enviou um apelo às autoridades, destacando o sofrimento enfrentado pelos residentes. “Estamos sofrendo com a chikungunya! Mais de 70% dos moradores já foram infectados, e muitos, assim como eu, estão acamados há semanas devido a complicações da doença”, relata Tatiana.
Ela critica a falta de resposta das autoridades competentes, que inicialmente minimizaram a gravidade da situação. Segundo ela, agentes de saúde argumentaram que o número de casos notificados não caracteriza uma epidemia e que cabe aos próprios moradores informar os casos à Vigilância Sanitária ou ao setor de Epidemiologia.
A moradora também denuncia a ausência do carro fumacê no Morro do Cruzeiro. “A justificativa é que não há acesso para o fumacê transitar, mas veículos particulares e caminhões de entrega circulam aqui diariamente”, ressalta.
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Além do surto de chikungunya, Tatiana aponta para um descaso histórico com a comunidade. “Só lembram do Morro do Cruzeiro para tirar fotos no Mirante e soltar fogos na virada do ano. Pagamos nossos tributos como qualquer outro cidadão, mas estamos esquecidos pelo poder público”, desabafa.
Os moradores apelam por cuidados imediatos, como a inclusão do bairro nas ações de combate ao mosquito, maior presença de agentes de saúde e medidas de prevenção adequadas. O surto no Morro do Cruzeiro expõe a urgência de ações efetivas para evitar que a situação se agrave ainda mais durante o verão.
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