Aumento da Selic prejudica a indústria e reflete crise fiscal, diz Firjan
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considera que o recente aumento da taxa básica de juros, de 11,25% para 12,25% ao ano, é excessivo e representa mais um obstáculo para a atividade da indústria nacional. No entanto, a federação reconhece que o patamar elevado da taxa de juros reflete, em grande parte, o cenário atual de desconfiança com relação à trajetória da dívida pública.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Influencia diretamente as alíquotas cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, impacta o rendimento de aplicações.
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Nesse contexto, a Firjan reforça que o equilíbrio das contas públicas é o primeiro passo para tornar o Brasil mais competitivo. Estudo divulgado na quarta-feira (11/12) pela federação revela que o país ocupa a 46ª posição em ranking de competitividade com 66 nações. Na comparação com os últimos dez anos, o Brasil tornou-se ainda menos competitivo.
A Firjan pontua que enquanto o grave problema da sustentabilidade das contas públicas não for resolvido, o país não terá espaço no orçamento para investir em bases essenciais para o aumento da produtividade e, assim, perpetuará um cenário de baixo crescimento, inflação elevada e juros altos.