Seca e queimadas devem aumentar preço de alimentos no Brasil
A seca e as queimadas que atingem diversas regiões do Brasil devem elevar o preço de alimentos já a partir de setembro, período conhecido por encarecimento dos produtos pela mudança de estação.
Economistas preveem que essas condições climáticas desfavoráveis levarão a um aumento da inflação da alimentação no domicílio, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Os incêndios devastadores que estão consumindo grandes porções de florestas no Brasil bateu a marca de 180 mil focos em 2024, segundo o Inpe, totalizando mais de 224 mil km² de área queimada até o final de agosto – quase o tamanho do estado de São Paulo.
A escassez de chuvas e as queimadas têm gerado uma pressão significativa na oferta de produtos, como frutas, derivados do leite, café e bebidas não alcoólicas.
A seca contribui diretamente para a redução na oferta de carne bovina. Com pastagens em condições ruins, os bois demoram mais a engordar, o que diminui a disponibilidade de animais para o abate.
Outro setor diretamente exposto aos efeitos da estiagem, o elétrico, tem o sistema responsável pela transmissão em todo o país abastecido por barragens e reservatórios de água, localizados em quatro regiões.
No Norte, com base atualizada no final de agosto, a seca aponta para o segundo pior ano da história. O mesmo ocorre no Nordeste. Já no Sudeste/Centro-Oeste, é a pior margem da história. O Sul, por sua vez, registrou excesso de chuva na primeira metade do ano e não apresenta problemas.
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