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Satélite da NASA mostra corredor de fumaça na América do Sul

O Sol visto da sua cidade continua avermelhado e céu com um tom de azul ? A causa é os incêndios na Amazônia e em várias partes do Brasil. A pluma de fumaça que embaça o horizonte mostra a tamanha gravidade dos incêndios florestais.

Imagens captadas a cerca de 1,6 milhão de quilômetros de distância da Terra, reveladas pela NASA na segunda-feira, 9/9, mostram o corredor de fumaça formado na América do Sul a partir dos incêndios que castigam principalmente o Pantanal e a Amazônia em 2024.

A imagem revela como a Cordilheira dos Andes age como um paredão, segurando a fumaça que sai do Brasil e da Bolívia, que também enfrenta um ano feroz em relação a queimadas, e passa a descer pelo continente.

“No Brasil e na Bolívia, a atividade de incêndios atingiu níveis não vistos desde 2010, com uma seca prolongada ressecando paisagens em ambos os países”, afirma o comunicado da agência espacial americana.

A Amazônia teve seu pior agosto registrado desde 2012, quando inicia-se o monitoramento de área queimada do bioma pelo Lasa/UFRJ. No ano já são mais de 5 milhões de hectares em área atingida, equivalente ao território da Costa Rica.

Grandes partes da América do Sul têm visto déficits significativos de precipitação nos últimos três meses. De acordo com o monitoramento europeu, isso levou a uma “seca excepcional” (a classificação mais alta de seca) em grande parte das partes central e norte do continente.

Queimadas têm impacto forte no sistema de saúde

Outro fator agravante é que o grande volume de queimadas no país tem pressionado o sistema de saúde e causa preocupação, principalmente com idosos e crianças com problemas respiratórios. O diagnóstico foi feito na segunda-feira (9) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“Há um impacto forte no sistema de saúde, nas unidades de saúde, uma maior procura e, principalmente, uma preocupação não só com os efeitos de curto prazo, mas também de médio prazo na saúde das pessoas”, disse a ministra.

As declarações da ministra foram feitas após participação na abertura de conferência com institutos nacionais de saúde pública, no Rio de Janeiro. O encontro aconteceu no âmbito do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo.

Por causa das queimadas, cidades em diversas partes do país foram atingidas por nuvens de fumaça, o que prejudica a qualidade do ar. Segundo a ministra da Saúde, essa condição causa uma “situação muito preocupante” em um período que já tende a aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave.

Fumaça de queimadas da Amazônia encobre cidades do Rio de Janeiro

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