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10 vezes mais letal: OMS declara mpox como emergência de saúde mundial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira (14/8) emergência sanitária global por conta do aumento do número de casos de mpox. A cepa responsável por essa nova emergência de saúde pública global é até dez vezes mais mortal do que a anterior, de acordo com especialistas.

Trata-se da primeira emergência sanitária de preocupação global declarada pela OMS, desde o fim da Covid-19. O vírus está presente em 13 países, com potencial de se espalhar. Recentemente, o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças declarou uma “emergência de saúde pública” pela doença.

A mpox é uma infecção viral endêmica em alguns países da África Central e Ocidental e semelhante à varíola humana erradicada em 1980. Em 2022, a doença foi registrada pela primeira vez fora da África, causando a disseminação global. Embora os casos globais tenham caído desde então, a doença continuou a circular pelo mundo – no Brasil, foram mais de 700 casos em 2024, segundo o Ministério da Saúde.

A preocupação agora, no entanto, é porque a versão do vírus que se propaga na África e foi detectada na Europa não é a mesma daquela do surto anterior, mas sim cerca de 10 vezes mais letal – sendo um dos motivos para a OMS declarar a mpox uma “emergência sanitária global”. Desde janeiro de 2024, mais de 15 mil casos de mpox e 461 mortes foram relatados no continente africano.

Com potencial de causar quadros clínicos mais graves, a nova cepa da mpox é mais transmissível. Entre os sintomas da mpox, estão lesões agudas que possuem secreções, além de vesículas em diferentes áreas do corpo, mas que se concentram, principalmente, nas genitais e algumas vezes na região da boca. O infectado pode apresentar calafrios e dores de cabeça.

A ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, afirmou que o país está no nível 1 de emergência da mpox. A pasta relatou que está em negociação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para aquisição emergencial de 25 mil doses de vacinas contra a doença. O alvo da imunização serão as pessoas que vivem com HIV/AIDS e profissionais de laboratório.

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