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Carro fumacê desaparece e dengue ainda preocupa em Cantagalo

Com a chegada do Outono, os dias são mais frescos e menos chuvosos. Mas, os cuidados no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, devem permanecer.

Sobre isso, um alívio: o volume de chuvas será menor, prognóstico que deve diminuir a proliferação do Aedes aegypti, já que ele precisa de chuvas não muito intensas, mas regulares, e temperaturas elevadas para se desenvolver.

Todavia, a situação ainda é preocupante na cidade de Cantagalo (RJ), que permanece registrando muitos casos da doença, principalmente, alta procura nas unidades de saúde e reclamação sobre infestação de insetos.

Mesmo com alta procura nas unidades de saúde, o carro fumacê deixou de passar em diversas localidades e já não é visto há mais de 10 dias nos locais que comumente passava aplicando o inseticida.

A Prefeitura da cidade não atualiza o número de casos da doença, mas a cidade tem o maior índice de incidência de dengue do interior do estado do Rio de Janeiro. De acordo com o Estado, não registra mortes.

No início de março, Cantagalo (RJ) havia ultrapassado 900 casos confirmados de dengue. O município se mostrou perdido e desorientado no combate ao Aedes aegypti, demonstrando atuação fraca frente a essa batalha.

A redação do portal fez contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Cantagalo para saber a atualização do número de casos da doença, sobre a paralisação do fumacê e o por quê de algumas localidades não ter recebido o carro.

Nota da Prefeitura

“A Secretaria de Saúde de Cantagalo vem esclarecer à redação do Serra News sobre o motivo pelo qual o carro fumacê, não está mais passando no município.

O inseticida ‘Cielo’, utilizado no carro fumacê, é altamente eficaz no combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue. No entanto, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelas autoridades sanitárias, seu uso não deve exceder o período de quatro semanas em uma determinada localidade. Em Cantagalo, o carro fumacê já completou esse período em algumas áreas, o que justifica sua interrupção para evitar a sobredosagem e possíveis efeitos adversos.

É importante ressaltar que a redução nos casos de doenças transmitidas pelo aedes aegypti contribui para a decisão de não mais operar o carro fumacê em determinadas regiões. A eficácia das medidas preventivas adotadas pelo município, aliada à diminuição dos índices de infestação, permite a reavaliação da necessidade de aplicação do inseticida.

Além disso, é fundamental destacar que o carro fumacê é direcionado prioritariamente para áreas com alto índice de casos de dengue. A aplicação em locais com baixo índice de infestação não é recomendada, pois pode representar riscos ao meio ambiente. Para todas as áreas, outras estratégias de controle, como a aplicação de larvicidas, como o BTI, estão sendo adotadas de forma contínua.

Salientamos que o Governo do Estado é responsável pela operação do carro fumacê, enquanto nossos agentes de saúde acompanham e apoiam as ações de combate ao mosquito aedes aegypti.

Reforçamos o compromisso da Prefeitura de Cantagalo em adotar medidas eficazes e responsáveis no enfrentamento das doenças transmitidas pelo aedes aegypti, visando à proteção da saúde da população e à preservação do meio ambiente.

A Secretaria informa, ainda, que, na semana de 24 a 30 de março, foram notificados 174 casos e, no período de 31 de março a 5 de abril, foram notificados 169 casos. Não houve nenhuma morte por dengue.”

Diminuição de casos de dengue

O Ministério da Saúde informou, na terça-feira (2/4), que segue fazendo um acompanhamento direto da situação da dengue junto à Vigilância dos estados. Embora a doença sinalize arrefecimento, ações de combate ao Aedes aegypti devem ser intensificadas, afirma a pasta.

Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e Tocantins sinalizam estabilidade.

Outros sete estados apresentam tendência de queda: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Roraima, além do Distrito Federal.

As unidades federativas com tendência de aumento são Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

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