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Jacuaçu: ave arisca e desengonçada, comum nas cidades do interior do RJ

Hoje vamos abordar sobre essa ave de grande porte – á se comparar com as que estamos acostumados, o jacuaçu, que também conhecemos como jacu. Medindo em torno de 75 cm e pesando até 1,2 kg, é uma ave grande, barulhenta e desengonçada, que lembra um peru.

Sua coloração é tida como verde-bronze escuro, manto, pescoço e peito finamente estriados de branco e pernas anegradas. Vive aos pares, em  casal, ou bandos de 6 a 10 (mas já foi observado bandos com mais de dez indivíduos).

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Jacuaçu, ou jacu, em quintal da Região Serrana do RJ. Foto: Gabriel Monnerat

Seu hábito alimentar é voraz, e apesar de altamente frugívoro,  sua dieta é rica e variada, podendo comer frutos de diversas palmeiras, café, uva, pimenta, flores de ipê e insetos. Seu apetite é tão voraz, que já recebi um relato de que um bando de jacus comeu uma plantação de uva inteira (com cerca de 20kg da fruta).

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Foto: Gabriel Monnerat

O jacu, ou jacuaçu, é uma ave monogâmica, o macho costuma alimentar a fêmea, assim como os pais fazem com filhotes. Fazem ninhos simples, em tronos secos, no alto de árvores ou em ramos sobre a água, onde colocam até 3 ovos, o que pode resultar em uma ninhada de até três filhotes, após uma incubação de 28 dias, de outubro a março. Eles habitam capoeiras, matas secundárias e até plantações. Na nossa região pode ser visto em altitude (topo de morros) e são observados em locais baixos e urbanos, como quintais.

Há uma curiosidade sobre essa espécie, que é o fato de apresentar uma inquietação que se caracteriza por abrir e fechar a cauda impetuosamente, e o tique de sacudir a cabeça (semelhante a galinha). Geralmente mostram esse comportamento arisco e desengonçado mais intenso ao final da tarde, talvez, pela ansiedade de achar um bom lugar para dormir.

Na Região Serrana do RJ, bem como no restante do estado, podemos afirmar que o jacu é uma ave de ocorrência comum, inclusive, nos quintais com pomares. Porém, no estado de São Paulo a espécie consta em um decreto como ‘quase ameaçada’. No entanto,  segundo a lista da IUCN (International Union for Conservation of Nature), a espécie não se qualifica para as categorias de ameaça apresentadas no referido Decreto.

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Jacuaçu no gramado de uma residência de Cordeiro – RJ. Foto: Gabriel Monnerat

Todavia, reafirmamos o quanto é necessário cuidar do ambiente natural, para que espécies como esta, não corram risco de desaparecerem, como muitas outras estão sendo extintas, principalmente, pela ação humana. Então, apesar da visita frequente do jacuaçu, o popular jacu, fica o alerta para sua preservação e apreciação.

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