Saí-azul, a ave azul apreciável nos quintais da Região Serrana do RJ
Hoje você vai conhecer mais sobre uma ave muito confundida com a saíra pelas cores e hábitos: o saí-azul ou saí-bicudo são dois nomes vulgares da ave Dacnis cayana. É uma espécie pequena, porém, muito comum e notável, inclusive, nos quintais das casas na Região Serrana do Rio de Janeiro, devido a sua coloração bonita que nos chama a atenção com sua cor azul e preta (no caso dos indivíduos machos).
Essas aves possuem um dimorfismo sexual acentuado, sendo o macho azul e preto, com pernas avermelhadas, e a fêmea possui coloração verde, cabeça azulada e pernas alaranjadas. Pesam cerca de 16 gramas e medem cerca de 13 centímetros.
A espécie é composta por 8 subespécies, com apenas 2 ocorrendo no Brasil. Costumam habitar bordas de florestas, capoeira, áreas secas, campos com arvores esparsas. É de fácil observação, bastando procurar locais com sementinhas variadas. Também caça pequenos insetos nas folhagens. Costuma andar aos pares, sendo muito fácil, avistar macho e fêmea. Tem sua ocorrência registrada em todas as regiões do Brasil e em quase todos os países da América do Sul, menos Chile e Uruguai.
Seu período reprodutivo vai da primavera ao verão, constrói ninhos e forma de taça funda, a mais ou menos 7 metros do chão, feito de fibras finas, fixado nas folhagens externas das árvores. Atinge maturidade aos 12 meses, e coloca 2 ou 3 ovos. A construção do ninho é realizada pela fêmea, enquanto o macho protege de intrusos. Os filhotes são alimentados pelo casal, ficando uns 13 dias no ninho. Tem 2 a 4 ninhadas por temporada.
Não é um pássaro canoro e o som que emite é um pequeno gorjear. Para sua preservação, vale preservar e plantar árvores de frutas pequenas, bananeiras e arbustos com sementes pequenas variadas. Costuma visitar facilmente comedouros e misturar-se a bandos de sairás, canários, estes, inclusive, quando há revoada de cupim, uma iguaria para o seu paladar.
As fotografia de capa foi realizada no município de Cordeiro, na Região Serrana do Rio de Janeiro, onde o saí-azul (Dacnis cayana) é muito abundante e bem conhecido, podendo ser avistado e fotografado com enorme facilidade, sem necessidade de incursões em áreas florestais, além de presença certa nos quintais das residências da região.
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Classificação científica
- Reino: Animalia
- Filo: Chordata
- Classe: Aves
- Ordem: Passeriformes
- Subordem: Passeri
- Parvordem: Passerida
- Família: Thraupidae, Cabanis
- Subfamília: Dacninae, Sundevall
- Espécie: D. cayana
- Nome Científico: Dacnis cayana
- Nome em Inglês: Blue Dacnis
- Estado de Conservação: Pouco preocupante