Presídio estadual de segurança máxima pode ser construído em Itaperuna
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), falou em entrevista à Globo na segunda-feira (10/4) sobre um projeto de construção de um novo presídio de segurança máxima no estado, com capacidade para 20 mil novas vagas.
Macaé, no Norte, ou Itaperuna, no Noroeste Fluminense, seria o destino desses presos. Segundo fontes ouvidas pelo portal, a ‘Capital do Petróleo’ teria sido descartada. “A construção é algo real. É uma nova política carcerária. A ideia são mais de 20 mil novas vagas para que a gente possa zerar a superlotação” , explicou Castro.
O projeto do novo presídio foi antecipado pelo colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo, e pode ser construído em Itaperuna. A possível instalação de um presídio de segurança máxima na cidade gerou repercussão na Câmara de Vereadores. Na sessão de segunda-feira (10), muitos parlamentares se mostraram contra a construção.
Bangu 1
Há 35 anos, Bangu 1, que fica no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, foi erguido com o objetivo de ser de segurança máxima. O próprio governador, no entanto, admitiu que o presídio já não cumpre o seu papel e, por isso, o Governo do Estado pede a transferências de bandidos perigosos para penitenciárias federais fora do estado.
“Bangu, de fato, não é um presídio de segurança máxima. Tanto que, quando a gente tem problema, a gente pede vaga para os presídios federais. Então, se foi um dia, já não é há muito tempo. E a gente tem, sim, tido a necessidade de isolar algumas lideranças para que elas não comandem nem tráfico de drogas, nem milícia, nem drogas.”
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Presídios industriais
Segundo Castro, a ideia é que o presídio, que seria erguido no Norte do estado, terá uma característica de ser um presídio industrial. “Para que indústrias possam levar para lá uma parte de suas cadeias produtivas e esses presos possam trabalhar e assim tentar se ressocializar e também remir a pena. Então, esse projeto é um projeto mais completo. A gente quer melhorar toda essa política de administração penitenciária do Rio de Janeiro.”
Fonte: O Globo