São Sebastião do Alto cultiva mais de 70 milhões de mudas por ano
Dentro do plano contínuo às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio) celebrou os resultados obtidos junto aos produtores rurais de Valão do Barro, na Região Serrana do Rio, no maior viveiro de mudas do estado em extensão, com mais de 6 milhões de mudas produzidas por mês.
A Casa Agrícola Irmãos Ferreira, situada no distrito de São Sebastião do Alto, é um dos expoentes na cadeia de abastecimento de alimentos, exportando tanto em território estadual quanto para várias regiões do País. O complexo de estufas integra um dos modelos mais modernos na olericultura em equipamentos agrícolas e tecnologias de manejo sustentável no cultivo de sementes.
Tendo em vista o intercâmbio de informações e a capacitação regular da comunidade agrícola, a Emater-Rio, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa), é a responsável por manter contato próximo aos produtores rurais e levantar demandas ao planejamento estratégico.
“Estamos sempre buscando atualizar o portfólio de equipamentos dos produtores rurais com investimentos em programas e eventos sazonais que agreguem o desenvolvimento da capacidade técnica. Os Escritórios Locais identificam demandas de tecnologias necessárias e selecionam os métodos que mais se encaixam naquele cenário com um viés sustentável, como o Seminário de Agroecologia em Bom Jardim que tivemos recentemente”, disse o supervisor regional da Emater-Rio, Marcos Belo.
Dentre as diretrizes da Agenda 2030 envolvidas destacam-se os ODS 9 e 11, de Indústria, Inovação e Infraestrutura e Cidades e Comunidades Sustentáveis, respectivamente, como uma das bases que norteiam as ações estratégicas. Desta forma, são elencados os pontos facilitadores ao desenvolvimento socioambiental responsável, na implementação de políticas de assistência técnica e extensão rural, considerando as potencialidades naturais de cada região às necessidades das famílias produtoras.
A gerente de processos da Casa Agrícola Irmãos Ferreira, Marianna Sias, trabalha no complexo há 14 anos e explicou que o projeto iniciou em 1994 com os produtores Sebastião Ferreira e Nilce Granja no semeio de tomate, pimentão, berinjela, couve flor, abobrinha, alface, entre outras hortaliças. Com o passar dos anos, a produção de mudas enxertadas passou para um ambiente climatizado e automatizado com processos de fertirrigação e pulverização, possibilitando a média de 70 milhões de mudas por ano, a maior do estado.
“As mudas ficam na estufa de acordo com o tempo necessário para cada variedade até estarem prontas para a venda. Nos viveiros, as plantas são regadas várias vezes ao dia com uma solução de adubo diluída na água (fertirrigação), ocorrendo o controle fitossanitário através de barras de pulverização automatizada. Ao final do prazo todas essas mudas são distribuídas para produtores do estado e diversas regiões do Brasil”, explicou Sias.
A história da Estufa Irmãos Ferreira atravessa o momento quando os sócios decidiram ampliar seu conhecimento técnico, em 1991, momento em que iniciaram os testes de plantio de mudas em uma pequena área no quintal da casa dos pais. A partir da permanência dos trabalhos, as demandas de produtores vizinhos começaram a surgir, impulsionando a fundação da primeira estufa da região até a expansão dos negócios numa esteira com capacidade para suportar 130 mil mudas. Priorizando sempre a inovação e evolução dos processos e equipamentos, a gerente de processos enfatiza a assistência que a Emater-Rio propicia aos produtores familiares.
“Nosso maior desafio é atrelar qualidade com responsabilidade na entrega das mudas mesmo nas adversidades climáticas em nossa região. Nesse sentido, a Emater-Rio viabiliza a padronização da produção e o melhoramento de resultados com recomendações técnicas e a extensão rural, levando conhecimento às comunidades do campo, aumentando a qualidade de vida dos produtores e desenvolvendo os manejos de cultivo”, concluiu.