O salário mínimo no Brasil está bem abaixo do ideal. Só para se ter uma ideia, uma projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que no mês de abril o brasileiro precisaria de pelo menos R$ 6,7 mil para dar conta das despesas da família. Valor muito superior aos atuais R$ 1.212.
Cada dia mais o brasileiro confirma que o atual salário não é o suficiente. Basta uma ida ao mercado para ver a maior parte da renda do mês comprometida com os itens básicos.
Mínimo ideal
Para chegar ao valor do mínimo ideal, o Dieese considera a inflação, o preço médio da cesta básica e outros indicadores. Além disso, leva em conta uma família brasileira com quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.
A pesquisa é feita desde 1994. E ao longo de todos os anos, o salário mínimo praticado sempre foi abaixo do necessário para as famílias. O último levantamento, por exemplo, mostra que o valor deveria ser pelo menos cinco vezes maior do que R$ 1.212.
De acordo com o Dieese, além do preço médio da cesta básica, o levantamento também calcula os gastos com despesas como saúde, moradia, educação, lazer, previdência e outros.
Os dados também mostram que em São Paulo, por exemplo, o preço da cesta básica foi de R$ 803,99 no mês de março. Assim, mais de 70% do salário mínimo já ficou comprometido apenas com a alimentação.
Além disso, situação parecida foi confirmada em outros estados brasileiros. Isso porque a cesta básica subiu em 17 estados. O que indica que em todas as regiões, o brasileiro teve que gastar mais para se alimentar.
Ao que tudo indica, o poder de compra do cidadão continuará comprometido no ano que vem. Já que a projeção do governo federal é de que o salário mínimo fique em R$ 1.294 em 2023.
Fonte: Dieese