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Acompanhe! Chuva em Petrópolis deixa dezenas de mortos e destruição

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Subiu para 171 o número de mortes confirmadas em decorrência da forte chuva que atingiu Petrópolis, na Região Serrana do Rio, na terça-feira (15/02). Os números foram apresentados pelo Governo do Rio de Janeiro e pelo Corpo de Bombeiros no domingo (20/02). A Polícia Civil disse que, até o momento, há cerca de 124 desaparecidos.

Choveu forte na tarde de quinta (17/2) em Petrópolis, onde as equipes de resgate voltaram a encontrar dificuldades nas buscas. A previsão ainda é de chuva na cidade imperial. As ruas Washington Luiz e Coronel Veiga, que ligam o centro histórico ao bairro Quintandinha, chegaram ser fechadas em decorrência de novos alagamentos e inundações. Moradores da Rua Nova, na 24 de Maio, tiveram que evacuar suas casas com novos riscos de deslizamento.

A cidade está em estado de calamidade pública, decretado pela Prefeitura. Até domingo (20/02), 171 mortes foram confirmadas. A Defesa Civil contabilizou cerca de 350 ocorrências: 270 deslizamentos de terra e mais de 50 desabamentos. As equipes continuam as buscas, com cautela, devido as previsões de chuva.

A Polícia Civil informou que 139 corpos identificados e 967 pessoas estão desabrigadas. Escolas públicas do município servem de abrigo provisório. Agentes resgataram 24 pessoas com vida. Um hospital de campanha também foi montado para prestar auxílio e as Forças Armadas do Brasil atuam na cidade.

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Imagens enviadas à redação do Serra News pela manhã do dia seguinte a tragédia em Petrópolis, mostraram corpos humanos e veículos pendurados em diversos pontos da cidade. Pessoas foram soterradas em deslizamentos e ruas viraram rios. O cenário era do mais completo caos, o que mobilizou todo o Brasil em uma corrente “SOS Petrópolis”.

“A cidade se encontra devastada, neste momento, um passivo do ponto de vista estrutural gigantesco. Uma situação muito difícil. Petrópolis já tinha sido vítima de muita chuva no mês de janeiro e agora veio essa chuva maior”, disse o prefeito Rubens Bomtempo no dia seguinte a tragédia.

A cidade está sendo limpa por equipes de diversos outros municípios, como do Rio de Janeiro e Niterói. A orientação é que a população evite a cidade, tendo em vista as dificuldades de transporte e locomoção. O governador Claudio Castro mobilizou equipes para atender a cidade serrana.

Na localidade conhecida como Morro da Oficina, no Alto da Serra, dezenas de casas foram afetadas com o grande deslizamento. Parte de uma escola também cedeu e causou pânico.

No fim do dia de domingo (20/02), a Defesa Civil acionou as sirenes para alertar sobre chuvas moderadas, enviou aviso por SMS e por grupos de comunicação por aplicativo. O motivo do novo alerta foi o deslocamento de chuvas vindas de Minas Gerais. A previsão do tempo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), indica mais precipitação e pancadas de chuva isoladas nesta semana.

Após a chuva que deixou mortos e cenário de destruição, com o dia claro, foi possível ver o tamanho da devastação — embora, em muitos locais, fosse difícil distinguir o que era casa, o que era terra ou o que era rua.

Chuva em Petrópolis deixa dezenas de mortos e caos na cidade
Imagens enviadas ao Serra News

Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.

Houve registros de destruição em outras regiões como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga.

São mais de 400 militares mobilizados e atuando em 44 pontos atingidos pelo temporal. Foi montado um hospital de campanha com leitos onde as vítimas recebem o primeiro atendimento. Equipes da Cruz Vermelha, Assistência Social, inúmeros voluntários atuam em ajuda à Petrópolis.

Mais de 180 pessoas que moram em áreas de risco foram acolhidas em escolas e recebem suporte de profissionais das áreas da saúde, educação, agentes comunitários, além da Defesa Civil.

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