Sintomas da ômicron: dor de garganta se torna mais comum; veja todos
Presente em 149 países, a variante ômicron do coronavírus segue avançando no Brasil, dado o seu alto poder de contágio. E ela trouxe outras mudanças além da transmissão: os principais sintomas gerados pela ômicron parecem ser diferentes dos de variantes anteriores.
Dados da Agência de Inovação Clínica (Austrália), que coleta evidências científicas sobre as variantes do coronavírus (SARS-Cov-2), revelam que ainda não há informações de que surgiram diferenças. No entanto, a agência australiana ressalva que, com a ômicron, alguns estudos têm mostrado aumento de relatos de dor de garganta e redução das típicas perdas de paladar e olfato.
Sintomas da ômicron
Veja, a seguir, os sintomas que podem aparecer de dois a 12 dias após a exposição ao vírus, tempo que pode variar na ômicron, já que a sua incubação parece ser de três a quatro dias.
- Febre e calafrios
- Tosse
- Dificuldade para respirar
- Cansaço
- Dor muscular ou no corpo
- Dor de cabeça
- Perda de olfato e paladar
- Dor de garganta
- Congestão nasal ou coriza
- Náusea ou vômito
- Diarreia
Características únicas
De modo geral, a ômicron e as cepas anteriores são semelhantes, mas a nova variante tem particularidades que já foram observadas pelos cientistas. Conheça algumas delas:
- Duração dos sintomas mais curta: Antes, a síndrome gripal durava de uma a duas semanas. Na ômicron, esse tempo é de três a quatro dias –na maior parte das pessoas vacinadas. Em crianças, esse período é ainda menor: um a dois dias;
- Maior risco de transmissão doméstica: O risco de passar a covid-19 para familiares que moram na mesma casa é de 15,8% a 31%; na delta, era de 10,3% a 21%;
- Taxas de transmissibilidade mais altas: O crescimento das infecções é rápido, mas tende a se estabilizar e cair após um pico –segundo dados da África do Sul;
- Maior proporção de pessoas sem sintomas comparado às demais variantes: A OMS (Organização Mundial da Saúde) reporta que um estudo realizado na África do Sul, incluindo vacinados, concluiu que pessoas sem sintomas, rotineiramente testadas, foram infectadas em maior proporção (16%) durante a dominância da ômicron; já no período da beta e da delta, esse percentual era bem menor: 2.6%.
Como evitar a infecção pela ômicron?
As medidas de prevenção da covid-19 continuam valendo: vacinar-se, lavar as mãos com água e sabão, usar máscaras corretamente (de preferência a PFF2, a mais recomendada para conter a ômicron ou qualquer outra variante), evitar aglomerações (contato pessoal) e ambientes pouco ventilados, assim como não tocar os olhos, o nariz e a boca quando as mãos não estiverem higienizadas, além de ficar isolado em casa se estiver doente.
Se você não tem sintomas (ou se eles são leves), mas teve contato com alguma pessoa infectada, a única forma de saber se é covid-19 ou não é fazendo um teste [enquanto essa reportagem está sendo escrita, a Anvisa está avaliando a liberação dos testes caseiros]. Quando ela estiver disponível, a “ferramenta” evitará deslocamentos desnecessários a farmácias, laboratórios e ao pronto-socorro.
Fontes: Fernando Bellissimo-Rodrigues, médico infectologista e professor da FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo); Jaime Rocha, infectologista e professor da Escola de Medicina da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). Revisão médica: Fernando Bellissimo-Rodrigues.
Referências: OMS (Organização Mundial da Saúde); CDC (Centers for Disease Control and Prevention); Agency of Clinical Inovations – MSW GovernMent. Disponível em https://aci.health.nsw.gov.au/covid-19/critical-intelligence-unit/sars-cov-2-variants (visitado em 20.01.2022).
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