Homem morre com suspeita de febre maculosa no Norte Fluminense
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES), por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), confirma que está em investigação um caso suspeito de febre maculosa no município de São João da Barra, no Norte Fluminense.
A amostra coletada pelo município será enviada para análise no Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses da Fiocruz-RJ, que é referência no assunto. A previsão é que o resultado fique pronto em até sete dias.
O governo trabalha em parceria com as equipes de vigilância da prefeitura de São João da Barra, que estão tentando determinar o provável local da infecção, além de fazer a coleta de parasitas (vetores) para serem encaminhados ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ) para identificação.
Este ano, até o momento, foram registrados 12 casos de febre maculosa e três óbitos no Estado do Rio de Janeiro: em Campos, Itaperuna e São João da Barra. Em 2020, foram 12 casos e dois óbitos.
Febre maculosa
A febre maculosa é uma condição que, no Brasil, também é chamada de febre do carrapato, já que sua transmissão se dá por meio da picada de um desses insetos, do tipo carrapato-estrela, desde que eles estejam infectados com a bactéria Rickettsia rickettsii.
Essa doença é mais comum em pessoas que vivem em zonas rurais, sendo que ela também pode afetar locais que contêm uma infestação de carrapatos, sendo que nem todos insetos possuem a bactéria que causa a doença.
Essa é uma doença infecciosa e que pode ter fortes efeitos sobre determinados indivíduos, sendo que outros podem enfrentar a febre maculosa de uma forma mais amena. Dependendo da gravidade da febre maculosa, ela pode levar o paciente a óbito.
Os principais sintomas da febre maculosa são febre alta, dores de cabeça intensas, dor muscular e articular, dor abdominal, diarreia e exantema (erupção geralmente avermelhada que aparece na pele devido à dilatação). Eles costumam aparecer entre dois e 14 dias após a picada do carrapato infectado.
Entre os animais que podem hospedar a bactéria estão cavalos, capivaras, marsupiais (gambá) e cães que circulam em região com infestação e transportando o carrapato estrela infectado.