Seca no Rio Paraíba do Sul atinge produtores da zona rural de Cantagalo
Cadê a chuva?! Produtores rurais, pescadores e ribeirinhos vem sofrendo mais uma vez com a estiagem e o período de seca no Rio Paraíba do Sul, onde o nível do curso de água diminui drasticamente. Ao passar dos anos a situação fica mais crítica, devido aos constantes abalos climáticos e a destruição da natureza.
Em algumas propriedades de São Sebastião do Paraíba, distrito de Cantagalo, divisa com o Estado de Minas Gerais, por exemplo, produtores sofrem até para dar de beber ao rebanho, isso porque já falta água nos córregos e riachos que desembocam no Paraíba do Sul. Para se ter uma ideia, em alguns casos, falta esse líquido precioso para os animais domésticos e até para o próprio consumo dos moradores residentes nos sítios.
O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, segundo dados de afluência do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o período dos últimos meses de setembro a março. Os institutos de meteorologia já estavam alertando que as chuvas do último período úmido, de novembro de 2020 a abril de 2021, seriam abaixo da média.
No mesmo período do ano passado, A Secretaria de Agricultura de Cantagalo socorreu os produtores de São Sebastião do Paraíba, o que também ocorreu nos últimos dias 9 e 10 de agosto de 2021. Um caminhão pipa foi usado para abastecer – mesmo que temporariamente – produtores do distrito.
Na visão do deputado federal Paulo Ganime (Novo-RJ), a crise hídrica já está impactando o estado do Rio de Janeiro. O parlamentar acredita que é preciso ter menos dependência do modelo de energia baseada em recursos hídricos, e aponta caminhos para isso com proposições da Câmara, como o Projeto de Lei 414/2021, de autoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
A situação da zona rural de Cantagalo é crítica, pois caso não chova nos próximos dias (cujo a previsão não coopera), outras propriedades poderão ficar sem água até para o consumo próprio.
Meio Ambiente
Vale ressaltar que a cada ano que passa o volume de chuvas vem diminuindo assustadoramente, e o homem contribui muito para isso, em relação as mudanças cromáticas. Desmatamentos, queimadas, mal uso do solo e não preservar adequadamente os cursos d’águas.
Os primeiros passos a seguir é o plantio de árvores em toda a extensão dos córregos, riachos e ribeirões, realizando o isolamento com cercas, principalmente, ao entorno das nascentes, para que haja a proteção do olho d’água e a vegetação nativa cumpra o seu papel.
Esse trabalho deve ser engajado o mais rápido possível, e para isso acontecer, a Secretaria de Meio Ambiente do município precisa orientar os produtores com seus engenheiros e técnicos ambiente. Ou se toma essa atitude hoje, ou num futuro não tão distante, o problema hídrico vai ser agravar e muito, não só na zona rural, mais como também nas cidades.
O futuro hídrico não é para se resolver no futuro, é para se resolver para ontem! Já estamos muito atrasados. Senhores governantes, olhem para esse problema, olhem para as causas ambientais, pois não há mais tempo a perder. Fica o meu alerta!
Brasil vive pior crise hídrica dos últimos anos e Rio de Janeiro sofre impacto energético
Previsão
O começo desta semana foi marcado por temperaturas altas a tarde e sensação de calor no estado do Rio. A partir de quarta-feira (11), a passagem de uma frente fria no Brasil vai aumentar a nebulosidade no estado do Rio, aumentando as condições para chuva, entretanto, chuva fraca.
A previsão indica chuva fraca já na quarta na região da capital, Angra dos Reis em Niterói e demais áreas da faixa litorânea do estado. O tempo segue instável com chuva até a sexta-feira (13), na Região Metropolitana do estado, em áreas da Região dos Lagos e no Médio Paraíba.
As temperaturas diminuem em relação ao começo da semana que foi marcada por sensação de calor.