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Polícia abre inquérito contra pregadora por racismo e homofobia em Nova Friburgo

O delegado titular da 151ª DP (Nova Friburgo), Henrique Pessoa, divulgou nesta segunda-feira, 2/8, que abriu inquérito policial para investigar um vídeo postado nas redes sociais durante o final de semana, onde uma mulher – integrante da Igreja Sara Nossa Terra – fez um discurso com teor claramente “racista e homofóbico” em pregação, destacou o policial. A pregadora será indiciada em processo a ser encaminhado ao Ministério Público.

“De tal modo que a pena é de 3 a 5 anos com circunstâncias qualificadoras por ter sido feita em mídias sociais e através da imprensa. Já foi instaurado inquérito policial pelo crime de intolerância racial e homofóbica, de acordo com a recente previsão do STF”, destacou o delegado. “O crime está configurado e ela será indiciada”, acentuou Henrique Pessoa, que irá intimar a acusada para ser ouvida na 151ª DP.

O vídeo publicado pela mulher com falas racistas e homofóbicas era dirigido a fiéis: “É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira”, vociferou

Não satisfeita, a pregadora ainda acrescentou no referido vídeo: “Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta!”. Assista no Instagram:

Pedido de desculpas

Karla Cordeiro, apontada como a mulher que utilizou frases racistas e homofóbicas em palestra na Igreja Sara Nossa Serra, emitiu “nota de retratação” nas redes sociais após a grande repercussão do caso.

A pregadora disse que foi descuidada com as palavras e pediu desculpas. Ela disse que não tem nenhum preconceito contra pessoas de outras raças e nem contra pessoas com orientações sexuais diferentes da dela.

“Fui descuidada na forma que falei e estou aqui pedindo desculpas”, frisou, acrescentando que as palavras utilizadas não expressam a opinião de seu pastor e nem da igreja.

nota

Informações do NF em Foco

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