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Conta de luz ainda mais cara com reajuste de 52% na bandeira tarifária vermelha

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, no último dia 29 de junho, o reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2, maior nível do sistema. A partir de julho, a cobrança extra passará de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos – aumento de 52%. Na prática, significa que as contas de luz ficarão ainda mais caras aos brasileiros. A correção deve encarecer as faturas de 5% a 10%, a depender da região e do consumo.

No dia 25/6, a agência havia anunciado que a bandeira do próximo mês seria a vermelha patamar 2, assim como aconteceu em junho. Isso ocorre porque o Brasil vive a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, devido à falta de chuvas que provoca o desabastecimento de reservatórios para produção de energia elétrica. Sendo assim, os consumidores também arcam com as despesas causadas pelas usinas termelétricas, acionadas para suprir as hidrelétricas, que estão com níveis baixos nos reservatórios.

“Em junho, as afluências nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) estiveram entre as mais críticas do histórico. Julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos”, esclareceu a Aneel em comunicado.

Devido ao período de seca severo e ao retorno das chuvas apenas no início de outubro, Tatiana Nogueira, economista da XP, acredita que a bandeira vermelha patamar 2 deve continuar acionada até o fim deste ano. “A bandeira vermelha deve diminuir gradativamente ao longo de 2022. No nosso cenário, ela encerrará o próximo ano no nível amarelo”, estima.

Crise hídrica

Em pronunciamento ao país na noite desta segunda-feira (28), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, declarou que o Brasil vive a pior situação hídrica dos últimos 91 anos e pediu à população que faça uso racional de recursos como água e energia.

“Foi a pior afluência dos últimos 91 anos. O que nos levou a adotar novas medidas. Os reservatórios do sudeste estão com 30,2% da capacidade. Não queremos chegar em 2022 com dependência do período úmido. Por isso, começamos a adotar diversas medidas para fazer frente a esse período excepcional”, disse o ministro em rede nacional. Segundo ele, o quadro “provocou a natural preocupação de muitos brasileiros com a possibilidade de racionamento de energia, como aconteceu em 2001”.

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