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Cientistas brasileiros descobrem nova linhagem do coronavírus no RJ

Cientistas brasileiros descobrem nova linhagem do coronavírus no RJ

Uma pesquisa coordenada por cientistas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e do LNCC (Laboratório Nacional de Ciência da Computação) identificou uma nova linhagem do Sars-Cov-2 em amostras de pacientes no Rio de Janeiro. Essa nova linhagem se originou da B.1.1.28 e é caracterizada pela presença de cinco mutações.

A pesquisa ainda não foi publicada em nenhuma revista científica e está em avaliação no medRvix, que concentra estudos que ainda precisam ser revisados. O estudo não afirma se essa nova linhagem do coronavírus é mais agressiva ou mais contagiosa que as outras. Também não há indícios de que essa cepa ofereça algum tipo de resistência às vacinas da covid-19.

Os pesquisadores afirmam ter sequenciado 180 novos genomas virais obtidos em diferentes municípios do Rio de Janeiro, de abril a novembro de 2020. Essa nova linhagem surgiu em julho e foi detectada em outubro, de acordo com a pesquisa.

“Não temos evidências de que essa mutação represente um perigo maior. Mas ela mostra que o coronavírus circula com intensidade no estado, que as medidas de distanciamento social e a vigilância são fundamentais”, explica Ana Tereza Vasconcelos, coordenadora do LNCC, ao jornal.

O estado do Rio de Janeiro registrou, na sexta-feira (25), 24.900 mortes por coronavírus e 419.146 casos da doença desde o início da pandemia, segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Mutação identificada em outros países

Pelo menos seis casos de contaminação por uma nova linhagem do coronavírus potencialmente mais transmissível foram confirmados fora do Reino Unido, onde a variante foi inicialmente detectada.

Os novos registros foram anunciados entre a sexta-feira (25) e este sábado (26) na França (1 caso), na Espanha (4 casos) e na Suécia (1 caso). Não há indícios de que a cepa cause uma versão mais grave da Covid-19.

A nova linhagem, anunciada no dia 13 de dezembro, levou mais de 40 países a bloquearem a entrada de viajantes do Reino Unido nos últimos dias e instaurou um endurecimento da quarentena em Londres e outras regiões da Inglaterra na véspera do feriado de Natal.

Segundo o ECDC (European Centre for Disease Prevention and Control), a nova linhagem tem uma transmissibilidade até 70% superior ao que se tem como parâmetros atualmente (entenda aqui o que significa a mutação). ​

Especialistas afirmam que mutações mais acentuadas em vírus que se espalham muito rapidamente são esperadas, mas não devem afetar a eficácia das vacinas distribuídas e testadas contra a Covid-19.

Fonte: UOL Notícias

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