São Fidélis: Músico é espancado por 7 homens e polícia abre inquérito
A Polícia Civil de São Fidélis, no Norte Fluminense, abriu inquérito para apurar o caso de agressão ao músico Guilherme Azevedo, de 31 anos, que aconteceu no dia 17 de setembro. Guilherme disse que foi espancado por sete homens e que a violência foi motivada por homofobia. O músico registrou o caso na delegacia na noite de sexta-feira (18), após sair do hospital.
Guilherme teve dedo e ombro quebrados, além de várias escoriações e um corte na cabeça. De acordo com a polícia, os homens ainda não foram identificados. “Os agressores responderão pelos crimes de lesões corporais, injúria e ato obsceno. A vítima foi orientada a procurar a polícia caso encontre algum deles”, disse o delegado da 141ª DP, Carlos Augusto.
Ainda segundo o delegado, as diligências seguem no sentido de identificar e ouvir a versão dos autores. “Em casos de delitos praticados contra pessoas vulneráveis, como minorias e violência de gênero, a versão da vítima tem especial relevância. Tudo indica que fora agredida em razão de sua opção sexual. Ademais, estava bastante machucada, o que por si só caracteriza o crime de lesão corporal”, explicou o delegado.
Caso de homofobia
O músico Guilherme Azevedo, de 31 anos, conhecido como Guiaz, usou as redes sociais para denunciar agressões que sofreu na última quinta-feira (17) em São Fidélis, no Norte Fluminense. Ele disse que foi espancado por sete homens e que a violência foi motivada por homofobia.
De acordo com Guilherme, o crime aconteceu quando ele estava na beira de um rio próximo de casa, onde mora há um mês. Local que também é frequentado pelos agressores. Ainda segundo o músico, a perseguição dos sete homens era uma constante em sua rotina.
“Eu sempre ignoro, mas ontem (quinta-feira) eu questionei, perguntei porque não me deixam quieto. Não aguentava mais aquilo. E aí eles me cercaram, tentaram me jogar no rio, eu esquivei, mas eles começaram a me bater”, contou Guilherme.
“Tô fazendo esses stories para falar para vocês que homofobia é crime e não vai passar batido. Faço questão de exibir o estado que eu estou nesse momento, com dedo quebrado, todo machucado, cortado”, disse Guilherme em vídeo.
De acordo com o músico, as agressões só pararam quando uma amiga chegou para socorrê-lo. “Minha melhor amiga ouviu o barulho e saiu de casa correndo com o bebê no colo para me socorrer. Nessa hora as agressões pararam. Acho que se ela não tivesse aparecido, eu estaria bem pior”.
Guilherme teve dedo e ombro quebrados, além de várias escoriações e um corte na cabeça. “Esse episódio me fez pensar. Estou me sentindo violado, invadido, exposto. Eu nunca militei. A minha militância é a minha própria existência. Mas agora estou vendo que isso não é o suficiente mais”, desabafou ele.
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