Autoridades investigam suspeita de reinfecção por coronavírus no RJ
Autoridades sanitárias investigam se uma mulher de 39 anos, moradora de Volta Redonda, suspeita de reinfecção pelo novo coronavírus. A suspeita foi informada nesta quarta-feira (26) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro.
Segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, a mulher mora no município do Sul Fluminense, mas trabalha em Angra dos Reis e na capital. Ela teria contraído o vírus pela primeira vez em maio e adoecido novamente em agosto. O caso está sendo investigado pela SES, em parceria com os três municípios e o Ministério da Saúde.
A possibilidade de se infectar mais de uma vez pelo coronavírus vem sendo objeto de estudos ao redor do mundo. A Fiocruz, por meio da parceria entre o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) têm desenvolvido pesquisas sobre o tema.
Segundo a fundação, a pesquisa ainda não produziu dados conclusivos. Assim que os resultados forem obtidos e publicados, de forma segura, a instituição irá divulgar os dados.
Casos de reinfecção
Pesquisadores de Hong Kong anunciaram, no dia 24 de agosto, que descobriram o primeiro caso comprovado no mundo de reinfecção da COVID-19, mas especialistas enfatizam que é muito cedo para tirar conclusões sobre o resto da pandemia. Após este caso, novos casos suspeitos de reinfecção pelo coronavírus estão surgindo pelo mundo, como é o caso do Rio de Janeiro (Brasil).
“Este caso mostra que uma reinfecção pode ocorrer apenas alguns meses após a cura de uma primeira infecção”, disse o Departamento de Microbiologia da Universidade de Hong Kong (HKU) em um comunicado, segundo o qual quatro meses e meio ambas as duas infecções.
Segundo os pesquisadores, uma análise genética mostrou que essas duas infecções sucessivas no mesmo paciente foram causadas por duas cepas diferentes do vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19.
Nossos resultados sugerem que o SARS-CoV-2 pode persistir na população, como é o caso de outros coronavírus responsáveis por resfriados comuns, mesmo que os pacientes tenham adquirido imunidade”, continuam os pesquisadores do HKU.
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“Como a imunidade pode não durar muito após uma infecção, a vacinação deve ser considerada até mesmo para pessoas que já foram infectadas”, consideram. O paciente, um homem de 33 anos que mora em Hong Kong, apresentou teste positivo pela primeira vez em 26 de março após apresentar sintomas (tosse, dor de cabeça e de garganta, febre). Uma vez curado, ele deu negativo duas vezes.
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