O Ministério da Agricultura informou na quinta-feira (16/07), em uma transmissão pela internet, que mais uma nuvem de gafanhotos está se formando em Teniente Pico, no Paraguai, com risco provável de deslocamento para os estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná.
É o segundo grupo da praga que ameaça plantações brasileiras neste ano. Uma outra nuvem segue na província de Corrientes, na Argentina. Técnicos do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar do país vizinho monitoram a nuvem, que se encontra a cerca de 160 km da fronteira com o Rio Grande do Sul. A equipe do Senasa conseguiu reduzir parte da população de insetos.
A nuvem se moveu pouco nos últimos dias por causa das baixas temperaturas. Ela está próxima à Rota 30, em área próxima ao rio Ávalos. A pulverização de inseticida só pode ser feita por terra –devido ao risco de contaminação do córrego, não é possível fazer usar aviões agrícolas.
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Protocolos
Na quinta-feira, o ministério anunciou a elaboração de protocolos para conter a praga, inspirado na experiência da Argentina, com foco no monitoramento da movimentação dos gafanhotos e disponibilização de uso de produtos químicos necessários para combater o inseto.
Segundo o coordenador do Programa de Controle de Gafanhotos do Senasa, Hector Medina, a forma mais eficiente de controlar a praga é combatê-la quando os insetos ainda não conseguem voar, apenas saltar, e, quando possível, exterminar locais onde as fêmeas põem ovos.
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