Desde que foi decretada a pandemia do novo coronavírus, o Rio de Janeiro perdeu mais polícias militares para a Covid-19 do que para a violência das ruas. De acordo com a PM, já são dez militares vítimas da doença, sendo três somente do 9º Batalhão (Rocha Miranda), enquanto sete agentes foram mortos em serviço, desde janeiro. O número de afastados por apresentarem sintomas já ultrapassa dois mil policiais.
A conta é da Polícia Militar: 2.227 PMs afastados em Licença para Tratamento de Saúde (LTS), por apresentarem sintomas gripais, com suspeita de contaminação por Covid-19. Desses casos suspeitos, 675 foram confirmados.
A primeira morte na PM em decorrência da pandemia foi registrada há um mês, no dia 15 de abril. Já o segundo sargento Luiz Henrique Sampaio da Rocha, de 48 anos, foi a vítima fatal mais recente do vírus no estado. O policial, que era lotado no batalhão de Rocha Miranda e estava na corporação há 19 anos, faleceu na segunda-feira. Sampaio era casado e deixou três filhos. Outros dois PMs do mesmo batalhão morreram vítimas da covid-19.
Prevenção
Apesar de toda a orientação quanto à prevenção contra o novo coronavírus, o fato de estarem mais expostos nas ruas acaba propiciando o contágio.
Segundo a corporação, os policiais são obrigados a usar as máscaras e orientados a fazer a higienização, com álcool em gel, de armas e áreas de mais contato nas viaturas. Além disso, a PM informa que tem pedido aos batalhões que orientem rondas em viaturas com no máximo quatro policiais por carro.
Também parte da lista de profissões que não podem parar na pandemia, o Corpo de Bombeiros perdeu dois militares vítimas da Covid-19. Dados da corporação indicam 279 casos confirmados da doença e 1.345 bombeiros da ativa com suspeita.