Polícia investiga se houve descarga elétrica em loja no centro de Itaperuna
Um menino de 11 anos morreu com uma parada cardíaca na madrugada desta terça-feira (4/02) no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. João Pedro de Melo Donadio foi internado no sábado (1º) após desmaiar em uma loja no Centro enquanto a mãe experimentava roupas. A Polícia Civil investiga se a criança sofreu uma descarga elétrica.
Segundo a investigação, o menino deitou no chão para brincar no celular dentro do estabelecimento na Avenida Cardoso Moreira. Momentos depois, uma vendedora percebeu que a criança estava desmaiada e avisou a mãe. João Pedro foi socorrido e levado para o hospital.
A previsão é de que o laudo que vai apontar a causa exata da morte do menino seja divulgado em 10 dias. Nesta terça-feira (4) foram realizadas duas perícias na loja Tigresa. Segundo o delegado Sérgio Santana, titular da 143ª Delegacia de Polícia, a área onde o João estava sentado tinha alumínio e metal, que são condutores de eletricidade. Porém, não há problemas evidentes nas instalações elétricas da loja.
“Existe uma linha de investigação por conta de documentos médicos e até mesmo de uma lesão na parte nasal do jovem, sugestiva para uma entrada de corrente elétrica, razão pela qual provocou a parada cardíaca na criança”, explicou o delegado.
Em entrevista, o advogado da loja Tigresa, Luiz Lessa, disse que os proprietários estão à disposição da polícia e da Justiça, e que querem, assim como todos, que o caso seja esclarecido o mais rápido possível. Ele disse ainda que já enviou as imagens das câmeras de segurança para que sejam analisadas no inquérito.
“É uma tragédia, principalmente numa loja de vestuário que não oferece risco nenhum. Estamos solidários com a família da vítima e colaborando com a polícia e com o judiciário”, pontuou ele.
Uma funcionária da loja e o pai da criança já prestaram depoimento. Segundo o delegado, novas testemunhas serão ouvidas e mais provas técnicas serão colhidas nos próximos dias.
Ainda de segundo o delegado Sérgio Santana, se a investigação concluir que houve crime, o caso pode ser tratado como homicídio culposo.
Segundo a polícia, o menino chegou a ser reanimado duas vezes pela equipe médica, mas não resistiu. O corpo de João foi sepultado em Espera Feliz, em Minas Gerais, cidade natal da mãe da criança.