Carlota Joaquina, até os seus 30 anos, adorava curtir o carnaval e ir para a balada com as amigas. Mas a partir desta idade, ela começou a não se sentir bem quando saía e a perceber a sua vida sem sentido. As amigas a convidavam para sair, e mesmo não querendo, ela saía porque tinha medo da rejeição e não queria desagradar. Ou seja, ela preferia fazer as coisas como obrigação a não desagradar às amigas.
Carlota Joaquina começou a apresentar quadros de angústia, ansiedade e depressão ao ponto de não querer mais viver. A sua espiritualidade, que sempre foi muito forte, que a manteve de pé durante 5 anos. Por volta dos seus 35 anos, após uma crise existencial muito forte, Carlota Joaquina mergulhou em um processo profundo de autoconhecimento, o que a fez perceber que muitas coisas não faziam mais sentido.
Por que eu escolhi contar essa história? Carnaval está aí e não é todo mundo que gosta de curtir a folia. A pergunta é: você se sente obrigado a fazer alguma coisa e mesmo assim faz? Cuidado! Isto é sinal que você precisa se autoconhecer, reconhecer as crenças que ainda estão mantendo este padrão de comportamento e se restaurar.
Se os outros querem curtir a folia, está tudo bem. Maravilhoso…normal e não se cabe julgamento, e sim respeito pelas escolhas de cada um. Contudo, você precisa se perguntar se curtir a folia é congruente com a sua essência. É isto que você quer? Você não é todo mundo.
Por que você quer curtir a folia só porque todo mundo quer curtir a folia? Faça o que você deseja fazer…e de novo: para de comparar a sua vida com a vida dos outros. Quando você entender esta lógica, a sua vida vai brilhar. Quanto mais autovalor interno, mais alto valor externo (percebido).
Bom Carnaval a todos, um beijo no coração até a próxima coluna!
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