As cidades do Norte e Noroeste do RJ permanecem inundadas na manhã deste domingo (26/01) após transbordamento de rios na região. Segundo dados atualizados, divulgados no fim da tarde deste sábado (25) pela Defesa Civil dos municípios, o número de desalojados ou desabrigados subiu de 1 mil para, pelo menos, 6 mil.
O número de cidades afetadas também subiu de sete para oito. São elas: Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Porciúncula, Laje do Muriaé, Natividade, Cardoso Moreira e, por último, Santo Antônio de Pádua. Durante o sábado, não choveu ou choveu pouco na maioria dessas cidades, mas o problema é a cheia dos rios que ocorre, principalmente, por conta das chuvas intensas que atingem Minas Gerais e Espírito Santo.
Itaperuna é a cidade que concentra o maior número de pessoas impactadas, sendo 2.040 desalojadas, 28 desabrigadas, além de quase 9 mil pessoas que, de alguma forma, foram afetadas pelas inundações. As ruas da cidade estão inundadas pelo transbordamento do rio.
Ainda em Itaperuna, um rapaz foi levado pela correnteza ao pular no Rio Muriaé. Mas outros três amigos conseguiram sair das águas agitadas. Os bombeiros iniciaram as buscas, mas já interromperam ainda no sábado pela baixa luminosidade. Os trabalhos serão retomados no domingo (26). A Defesa Civil e a Assistência Social da Prefeitura acionaram um psicólogo para prestar assistência aos familiares, que estão bastante abalados.
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Só em Bom Jesus do Itabapoana, onde houve o transbordamento do Rio Itabapoana, já havia o registro de cerca de 300 desabrigados ou desalojados na sexta-feira, segundo a Prefeitura. Na manhã deste sábado (26), o número de pessoas atingidas subiu para 500.
Esquipes da Defesa Civil estiveram no bairro Santa Rosa e interditaram a Rua Vereador Waldir Mota de Carvalho. Houve um trabalho de conscientização dos moradores sobre os riscos de permanecerem no local, que está com solo bastante saturado. Cerca de 22 famílias foram cadastradas e serão encaminhas para um abrigo municipal. De acordo com a Defesa Civil, a situação no local é classificada como crítica. O órgão deixa o número (22) 99603-3180 à disposição da população.
Em Porciúncula, 300 famílias ficaram desalojadas e 84 desabrigadas. O Rio Carangola está dois metros acima da cota. Baixou de 80% para 70% o total de área alagada na cidade, segundo informou a Prefeitura durante a tarde deste sábado.
Em Cardoso Moreira, a cheia deixou 45 famílias desabrigadas. A Defesa Civil está em alerta máximo. A Prefeitura orienta aos moradores que procurem pelos pontos de apoio, que são a Casa da Cultura (Antiga Estação Ferroviária) e Clínica da Família, no Conjunto Habitacional São José.
Na cidade, às 12h deste sábado, o nível do Rio Muriaé era de 8,81 metros, 81 cm acima da cota de transbordo. O rio sobe 5 cm por hora, segundo o órgão. Em caso de emergência, a Defesa Civil pede à população para ligar no (22) 98842-5149.
Em Italva, a Defesa Civil afirma em balanço parcial que há, pelo menos, 100 pessoas desalojadas. Pois o órgão orienta que moradores de áreas ribeirinhas e mais baixas busquem local seguro, já que o Rio Muriaé deve continuar subindo até as 16h deste domingo (26). O rio transbordou nesta madrugada. O nível chega a 75 cm acima da cota.
As cidades do Norte e Noroeste do RJ permanecem inundadas neste domingo (26/01). A Defesa Civil está em estágio de atenção. O órgão pede aos moradores que, em caso de emergência, liguem para o 199.
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Em Laje do Muriaé, em balanço atualizado durante a tarde de sábado, a Defesa Civil confirmou que são 1.285 pessoas desalojadas na cidade e 60 desabrigadas. O Rio Muriaé ainda sobe na cidade. A Guarda Municipal orienta que moradores de outras regiões evitem entrar no município e pede que os motoristas não se arrisquem passando por áreas alagadas pelo transbordamento do rio.
Em Itaperuna, ruas da cidade amanheceram neste domingo ainda inundadas. Mas a Prefeitura havia informado que foram registrados pelo menos dez deslizamentos de terra entre quinta e sexta-feira, o que deixou duas famílias desalojadas. A Defesa Civil faz um novo levantamento do número de pessoas atingidas na cidade.
“Itaperuna normalmente quase todos os anos sofre com essas cheias. E, em 2019, a nossa cidade passou por uma grande obra que não foi concluída e causou vários transtornos no comércio, no trânsito da cidade. Pois essa obra foi feita justamente para acabar com os problemas”, relatou um morador durante entrevista.
“Eu moro aqui há 23 anos. Tem 23 anos que a gente vê essa situação aqui e a gente não tem a quem recorrer, né, porque a água é Deus que manda, mas está difícil”, desabafou uma moradora.
Em Natividade, foi o Rio Carangola que subiu e ficou 5,80 m, 65 cm acima da cota de transbordo. Segundo a Prefeitura, 70 famílias estão desalojadas e 7 desabrigadas.
Já em Santo Antônio de Pádua, última cidade atingida pela cheia neste sábado (25), a Defesa Civil atua nas áreas afetadas para cheia do Rio Pomba. O órgão ainda não liberou um balanço de pessoas afetadas pelas inundações. A cota de transbordo do rio é de 5 metros, e o nível já ultrapassou 5,13m.
O bairro Tavares, ainda em Santo Antônio de Pádua, foi o primeiro a ser atingido. Logo após, ruas da cidade começaram a ficar alagadas. A Prefeitura evacuou o único hospital público do município e pacientes foram encaminhados para Itaocara e Aperibé. Um ponto de apoio foi montado no Ciep Anaide Panaro Caldas, próximo a Rodoviária.
Na sexta-feira (25/01), O Serra News havia noticiado que as cidades do Norte e Noroeste do RJ estavam inundadas e debaixo d’água com transbordamento de rios. Você pode comparar os índices de sexta para domingo clicando no link acima em destaque.
