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Exposição no RJ relembra a morte do escritor Euclides da Cunha

Museu da Justiça relembra a morte do escritor Euclides da Cunha

O Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário inaugurou, dia 2 de dezembro, a mostra de documentos judiciais “O Homicídio de Euclides da Cunha”, que relembra os 110 anos da morte do escritor. A exposição, em cartaz até junho de 2020 e com entrada gratuita, inclui painéis com textos e imagens, e foi montada a partir dos originais dos processos de seu assassinato e de seu inventário. O material foi restaurado e digitalizado pela equipe do CCMJ e também integra a exposição.

Euclides da Cunha foi morto na residência do jovem cadete Dilermando Cândido de Assis, que mantinha um relacionamento amoroso com sua esposa, Anna Emília Solon da Cunha. O episódio, que ficou conhecido como a “tragédia da Piedade”, ocorreu em 1909, no subúrbio carioca, e teve ampla cobertura da imprensa. Houve dois julgamentos pelo Tribunal do Júri, que, nas duas ocasiões, decidiu pela absolvição do réu (Dilermando), por entender que agira em legítima defesa.

Além de escritor, Euclides da Cunha foi jornalista e engenheiro militar. Atuou em diversas obras públicas, inclusive na demarcação das fronteiras entre o Brasil e o Peru. Escreveu em diferentes jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Como correspondente do Jornal O Estado de São Paulo, acompanhou os conflitos na região de Canudos, no interior baiano. Esta experiência o inspirou a escrever sua grande obra, “Os Sertões”, publicada em 1902. No ano seguinte, seria eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras.

A mostra encontra-se no terceiro andar do Antigo Palácio da Justiça (APJ-Rio), mas a íntegra dos processos pode ser consultada on-line na página do CCMJ.

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