O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou nesta terça-feira (22/10), em Nova Friburgo, uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos donos de uma casa de prostituição na cidade.
Segundo o MPRJ, as diligências foram realizadas para apreender dinheiro, cadernos de contabilidade, celulares, listagem de clientes e outros bens que possam ter relação com as atividades de rufianismo e exploração de estabelecimento voltado para a prática de prostituição.
De acordo com as investigações, os denunciados são responsáveis pela administração de uma boate que, entre as suas atividades, reserva espaço em seu interior para a prática de oferecimento de serviços sexuais em troca de pagamento.
Ainda segundo o MPRJ, um dos suspeitos figura como administrador do local desde 2003 e é tido pelos funcionários como o verdadeiro proprietário da boate. Já o outro denunciado é sócio do estabelecimento.
O MPRJ informou que diligências constataram que a boate mantém quartos com camas de casal e banheiros, no segundo andar, onde, mediante pagamento, os frequentadores têm relações sexuais com as mulheres que trabalham no local.
Agentes do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) que estiveram no local verificaram que era cobrada uma taxa de comanda para ingresso, com inclusão de cobrança facultativa para a disponibilização de “programas” por parte das funcionárias da boate, com preços que variavam entre R$ 150 e R$ 800.
Além disso, as investigações demonstraram que as mulheres repassavam 30% do valor cobrado pelos “programas” para um dos denunciados, numa espécie de tabelamento de preços.
O outro homem, segundo as investigações, cometeu o crime de manutenção de estabelecimento onde ocorre exploração sexual, conferindo legalidade à atividade ilícita desempenhada no local, com o intuito de obter lucro e participação nos ganhos.
A ação aconteceu por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ.