Classificação científica:
Reino: Plantae
Filo: Tracheophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Bignoniaceae
Gênero: Tabebuia
Nome binomial: Tabebuia heptaphyla, (Vell.) Tol, 1956.
Estado de conservação: Quase ameaçada
Hoje falaremos de uma espécie arbórea, o ipê-roxo que encontra em época de floração (época das secas – outono inverno) e que é vastamente abundante na nossa região serrana do Rio de Janeiro.
Esta espécie possui vários nomes: piúva, pau-d’arco, piúna, ipê-roxo-de-bola, ipê-una, ipê-roxo-grande, ipê-de-minas, piúna-roxa. Apesar de seu nome fazer referencia a cor roxa, sua coloração vai de um roseado claro a um escuro, dando sensação de roxo.
Árvore de porte médio, ereta, de 15-20m de altura, com copa ampla e bem formada, tronco roliço (este difícil de ser serrado e pregado), casca acinzentada com fissuras verticais e horizontais. Sua inflorescência é em panícula terminal (semelhante a um buquê), frequentemente de 5 a 9 flores bem vistosas. Sua semente é alada de até 3,5 cm de comprimento (semente que “sai voando” levada pelo vento quando sua vagem se rompe).
Está espécie possui um valor econômico considerável, já que sua madeira é considerada de lei, e utilizada para trabalhos de marcenaria e carpintaria, construção civil, naval, tacos de assoalhos, instrumentos musicais e bolas de boliche, entre outras. A casca do ipê-roxo é amplamente usada na medicina natural dos povos tradicionais da América do Sul.
Originária da Mata Atlântica, amplamente distribuída nas matas primárias da Serra do Mar, desde o Espírito Santo até o Rio De Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Também pode ocorrer no cerrado.
Pra quem pertente plantá-la, sua propagação é por muda, estaquia, mergulhia e sementes que germinam em uma semana. O solo para o plantio deve ser rico e adubado, com condições favoráveis de luz e solo. Florescem de 4 a 5 anos.
Devido ao seu valor como madeira, por sua qualidade e durabilidade, é uma espécie quase ameaçada de extinção, mas que é salva, por ser altamente ornamental, utilizada muito em cidades, quintais de chácaras etc, para enfeitar, o que ajuda na sua propagação. Vale sempre lembrar que o corte ilegal de árvore nativas, ainda mais de lei e com certo risco, é proibido, configurando crime ambiental.
Esta foto de capa foi tirada no Município de Cordeiro-RJ, onde tal espécie é muito abundante, e no período de julho a agosto, dá um colorido especial na cidade.
Fotógrafo de natureza, geógrafo e ambientalista.
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