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Animais morrem vítimas de queimadas em Miracema

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As queimadas prejudicam a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde humana. Mas, antes de afetar os humanos, as queimadas fazem outras vítimas: a flora e a fauna. Em Miracema, a natureza tem sido severamente afetada com os incêndios este ano. A Defesa Civil contabiliza 73 incêndios em 2019 – 13 a mais que o registrado em 2017, quando decretou emergência – e 50 dias sem chuva significativa.

As chamas já destruíram uma área de 23 hectares (equivalente a 0,08% de todo o território municipal). A última chuva forte em Miracema ocorreu no início de junho. Desde então, o capim vem secando. Os ventos constantes do inverno também preocupam, porque ajudam a espalhar o fogo por grandes áreas.

Em meio aos combates ao fogo e vistorias de áreas queimadas, os agentes da Defesa Civil de Miracema presenciaram cenas tristes. Somente em julho, três mamíferos foram encontrados mortos, vítimas do fogo. Um dos animais – um ouriço cacheiro – tentou fugir do fogo, mas não não resistiu e morreu ao despencar de um barranco. Os outros animais são um morcego e um mamífero não identificado devido ao corpo carbonizado.

Na semana passada, agentes da Secretarias de Defesa Civil e Meio Ambiente foram às ruas do distrito de Paraíso do Tobias, que concentra uma parte significativa do número de queimadas, para conscientizar os moradores sobre os perigos das queimadas.

Prática criminosa

É crime ao meio ambiente o ato de atear fogo diretamente em uma área de mata ou simplesmente por fogo em lixo ou folhas secas. No caso de causar poluição que resulte ou possa resultar em danos à saúde humana, ou que provoque a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora, a pena é de até quatro anos de reclusão e multa.

Na região, denúncias referentes a crimes ambientais podem ser feitas à 3ª UPAm (Unidade de Polícia Ambiental). O telefone é (22) 2561-3228. Em Miracema, os moradores também podem denunciar à Secretaria de Meio Ambiente, pelo telefone (22) 3852-1100.

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